A produção contemporânea se apropria de
reminiscências, lembranças e valores num jogo de desejos que se transformam em
expressões nas obras de arte. Nesse âmbito, dialoga com sintomas da atualidade
que se desmontam em estilhaços espalhados pela pluralidade de imagens que
emergem o mundo. Todavia, existe um tempo que age na superfície e interioridade
das substâncias e do ser transformando-os até o seu esgotamento. Tempo que
perdura, mas que torna efêmero tudo aquilo que existe. Nesse viés, Crista
Campinho nos apresenta em sua série trabalhos orgânicos que dialogam com essa
poética.
Utilizando pétalas de flores, sementes e fios de cobre, trabalhados sobre pinturas com café, a artista cria delicados cenários como se estivessem sido guardados e amarelados pela oxidação natural do papel. Os elementos orgânicos da obra sutilmente se modificam pela existência de organismos que aceleram sua decomposição. A exposição também conta com objetos, esculturas e desenhos da artista. São móbiles, casulos, registros que confinam a essência do que é perpétuo (ou não) enquanto há vida.
Utilizando pétalas de flores, sementes e fios de cobre, trabalhados sobre pinturas com café, a artista cria delicados cenários como se estivessem sido guardados e amarelados pela oxidação natural do papel. Os elementos orgânicos da obra sutilmente se modificam pela existência de organismos que aceleram sua decomposição. A exposição também conta com objetos, esculturas e desenhos da artista. São móbiles, casulos, registros que confinam a essência do que é perpétuo (ou não) enquanto há vida.
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